Seguindo a cabeça de colegas e o incentivada pela mídia, a jovem Elizabeth, filha do Sr. José e da Dª. Maria, num belo dia deu um grande grito: "Mãe, resolvi me transformar numa "piriguete*"! Depois desse dia, nunca mais sentiu frio, pois suas roupas ficaram cada vez mais curtas e super-apertadas. (*Segundo o site dicionarioinformal.com.br, o termo teve origem em Salvador, capital baiana. Piriguete é adjetivo e substantivo feminino, também denominada Piri, é uma gíria brasileira que designa uma mulher que troca de parceiro sexual frequentemente, normalmente jovem, de acesso fácil, que tenham dinheiro e carro, preferem os comprometidos. A piriguete tem uma preocupação excessiva em exibir os nuances do seu corpo. Geralmente anda em grupos com outras moças que compartilhem os mesmos valores. Segundo os entendidos do assunto, dizem que no mundo há três seres não sentem frio: o pingüim, o urso polar e a piriguete! Kkkk)
Para a tristeza dos pais e o delírio dos mais "tarados", passou a frequentar todo tipo de baladas com roupas cada vez mais provocantes: mini-saia (pra não dizer micro-saia), blusa com decotes quase no umbigo, tamancos sempre com saltos e tudo o que pudesse chamar a atenção. Nas baladas raramente ela dançava, pois suas coreografias estavam mais para uma ginasta! Era uma mistura de rebolado com exercício para as pernas, do tipo "sobe e desce" que se vê muito nas academias de ginástica. Mas a intenção era essa mesma. Como diz a inspirada canção: "Quando ela me vê, ela mexe: piri pipiri pipiri piriguete. Rebola devagar, depois desce: piri pipiri pipiri piriguete..."
Com o passar do tempo, a convivência dentro de sua casa ficou quase insuportável, pois seus pais, que eram cristãos-católicos praticantes, tentavam mostrar para a filha que ela não tinha nascido para aquilo. Mas Elizabeth estava como cega, pois o que importava para ela eram as suas colegas (também piriguetes), as baladas cada vez mais constantes e regadas de muita bebida, e correr atrás de homens, principalmente os casados (de preferência com carros caros e muito dinheiro).
Resolveu então sair de casa com algumas colegas e mudar para a capital. (Foi aí que as coisas ficaram como "o diabo gosta"!) Levou quase tudo de que precisava. Mas esqueceu algo de fundamental importância para as piriguetes: seu espelho (imagem é tudo!). Na mesma hora, mandou um torpedo para a mãe pedindo que lhe enviasse, o mais rápido possível, o espelho que tinha esquecido na parede do seu quarto.
Dois dias depois o correio entregou a tão importante encomenda. Para sua surpresa, quando abriu a caixa não havia um, mas três embrulhos que pareciam ser três espelhos. Ela não entendeu nada... Viu que havia também uma carta de sua mãe que dizia: "Queria filha, Deus te abençoe. Conforme foi me pedido, te envio o que me pediu. Você vai notar que há três embrulhos numerados dentro da caixa. Abra-os na sequência e leia atentamente. Te amo, mamãe."
Elizabeth abriu o primeiro embrulho e se deparou com seu espelho numa bela moldura. Nele havia uma frase: "ASSIM É VOCÊ!". Ela adorou, pois se achava linda ("gostosa") e perfeita. Abriu então o segundo embrulho e levou o maior susto. A mãe tinha enviado uma moldura igual a do espelho, mas no seu lugar, colocou uma foto de um esqueleto com a frase: "ASSIM VOCÊ SERÁ!" A jovem parou e pensou na morte pela primeira vez na sua vida. Sensação desconfortável... Depois do susto, Elizabeth abriu o terceiro embrulho e começou a chorar. Sua mãe tinha colocado no lugar do espelho, uma figura de Nossa Senhora com a seguinte inscrição: "ASSIM VOCÊ DEVE SER!"
Daqui para frente, deixo por conta da sua imaginação escrever o final dessa história... Mas seja qual for o final, fica a pergunta: "A quem queremos imitar? Queremos agradar a quem? Quais são nossos valores?"
"Não sabei vós que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós é santo" (1Cor 3,16-17).
"Uma coisa eu já disse muitas vezes, e agora repito com lágrimas: há muitos que são inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição; o deus deles é o ventre, sua glória está no que é vergonhoso, e seus pensamentos em coisas da terra" (Fl 3,18-19).
Somos filhos de Deus e precisamos refletir a Sua glória, não só em palavras, mas em atitudes que revelem o Deus que está em nós. Sejamos referencial de santidade a cada dia, sendo zelosos no que fazemos, no que falamos ou pensamos, buscando a santidade em amor, sendo exemplos em tudo, para glória de Deus.
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