segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Apaziguamento e serendidade


Mesmo ferindo a Constituição Federal que classifica o trabalho dos policiais militares como essencial e por entender que movimentos reivindicatórios fazem parte da democracia, apoiamos e consideramos justas as reivindicações da classe. Toda a sociedade tem conhecimento das dificuldades enfrentadas por esses servidores que se arrasta há muitos anos. Ressalte-se que faltou ao governo da Bahia a mesma firmeza como trata agora os grevistas, nos momentos que antecederam a paralisação, que poderia ser evitada.
Vai longe o tempo em que a sociedade brasileira clama do Estado que efetivamente cumpra a sua função oferecendo uma segurança pública servidora, urbana, cidadã e eficaz. Já foram muitas as propostas apresentadas no parlamento de desmilitarização das polícias, enquanto forças auxiliares do Exercito, direito de sindicalização, piso nacional, unificação com a polícia administrativa, mas até aqui tudo não passa de mero discurso.  A segurança pública deve ser um instrumento a serviço da cidadania e não apenas um sistema integrado de coação, vigilãncia e repressão, especialmente contra os mais pobres e os movimentos sociais.
Entendemos que a ordem estabelecida nos marcos democráticos precisa imediatamente ser restabelecida. É inadimissível que enquanto todo o estado treme de medo, de um lado Exercito e Força Nacional de Segurança, com o aval do Governo joga  fumaça nos reais acontecimentos e tenta transformar a Asembléia Legislativa da Bahia ocupada pela PM/Ba, em uma Praça de Guerra.Urge que a sociedade se levante de forma veemente exigindo que a ordem pública de apaziguamento e  serendidade seja restaurada imediatamente, reestabelecendo os direitos de cidadania previstos em lei.A radicalização seja lá de que lado for não ajuda em nada.  O momento exige bom senso, prudência e negociação séria.
Eduardo Moraes

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