Mesmo
ferindo a Constituição Federal que classifica o trabalho dos policiais militares
como essencial e por entender que movimentos reivindicatórios fazem parte da
democracia, apoiamos e consideramos justas as reivindicações da classe. Toda a
sociedade tem conhecimento das dificuldades enfrentadas por esses servidores
que se arrasta há muitos anos. Ressalte-se que faltou ao governo da Bahia a
mesma firmeza como trata agora os grevistas, nos momentos que antecederam a
paralisação, que poderia ser evitada.
Vai
longe o tempo em que a sociedade brasileira clama do Estado que efetivamente
cumpra a sua função oferecendo uma segurança pública servidora, urbana, cidadã
e eficaz. Já foram muitas as propostas apresentadas no parlamento de desmilitarização
das polícias, enquanto forças auxiliares do Exercito, direito de sindicalização,
piso nacional, unificação com a polícia administrativa, mas até aqui tudo não
passa de mero discurso. A segurança pública deve ser um instrumento a serviço da
cidadania e não apenas um sistema integrado de coação, vigilãncia e repressão,
especialmente contra os mais pobres e os movimentos sociais.
Entendemos que a ordem estabelecida nos marcos
democráticos precisa imediatamente ser restabelecida. É inadimissível que
enquanto todo o estado treme de medo, de um lado Exercito e Força Nacional de
Segurança, com o aval do Governo joga
fumaça nos reais acontecimentos e tenta transformar a Asembléia
Legislativa da Bahia ocupada pela PM/Ba, em uma Praça de Guerra.Urge que a
sociedade se levante de forma veemente exigindo que a ordem pública de
apaziguamento e serendidade seja
restaurada imediatamente, reestabelecendo os direitos de cidadania previstos em
lei.A
radicalização seja lá de que lado for não ajuda em nada. O momento exige bom senso, prudência e
negociação séria.
Eduardo
Moraes
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